sexta-feira

Sport Club Internacional

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Internacional

Sport Club Internacional 2009.png
Nome Sport Club Internacional
Alcunhas Colorado
O Clube do Povo
Academia do Povo
Campeão de Tudo
Torcedor Colorado[1]
Mascote Saci
Fundação 4 de abril de 1909 (101 anos)
Estádio Beira-Rio
Capacidade 56.000[2]
Localização Porto Alegre (RS) Brasil
Presidente Brasil Vitório Piffero
Treinador Brasil Celso Roth
Patrocinador Brasil Banrisul
Brasil Tramontina
Brasil Unimed
Material esportivo Inglaterra Reebok
Competição Rio Grande do Sul Campeonato Gaúcho
Flag of Brazil.svg Campeonato Brasileiro
Flags of the Union of South American Nations.gif Copa Libertadores
=Emirados Árabes Unidos Mundial de Clubes FIFA
Divisão 2010 Rio Grande do Sul 2º colocado
Brasil Em andamento
Flags of the Union of South American Nations.gif Campeão
=Emirados Árabes Unidos Em dezembro
Ranking nacional 8º lugar, 1.942 pontos
Website Internacional.com.br
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Uniforme
titular
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Uniforme
alternativo
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Uniforme
alternativo
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O Sport Club Internacional, mais conhecido como Internacional ou ainda Inter, é um clube brasileiro de futebol da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus torcedores são conhecidos como Colorados.

Foi campeão da Copa Libertadores da América em 2006 e 2010, do Mundial de Clubes FIFA em 2006, da Recopa Sul-Americana em 2007 e da Copa Sul-Americana de forma invicta[3] em 2008, título inédito até então para um time do Brasil, em 2009 conquistou no Japão a Copa Suruga Bank, tornando-se o único clube do país que possui todos os títulos que um clube Sul-Americano pode almejar atualmente. É ainda o único clube a ter sido campeão brasileiro de forma invicta em 79 e também o único octacampeão gaúcho: 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75 e 76.[4][5]

Além disso, o Internacional manteve-se durante 24 anos seguidos (1975-1998) lider no Ranking de Pontos do Campeonato Brasileiro de Futebol, atualmente é vice-lider,[6] torneio na qual o clube nunca foi rebaixado e que já disputou 8 semifinais (72, 75, 76, 78, 79, 80, 87 e 88), 3 fases finais (73, 74 e 97), 5 finais (75, 76, 79, 87 e 88), 2 vice-campeonatos (87 e 88) e 3 títulos (75, 76 e 79). Desde 2003, quando o Brasileirão é praticado por pontos corridos, o Inter foi vice-campeão em 2005, 2006 e 2009, consagrando-se como um dos melhores pontuadores da fórmula. Historicamente, o Inter foi vice-campeão nacional consecutivo em 67 e 68 do Torneio Roberto Gomes Pedrosa.

Segundo dados de 11 de julho de 2009, o Internacional possui cerca de 100 mil associados,[7] sendo o clube de futebol com maior número de sócios das Américas e tendo o sexto maior quadro social do mundo.[8]


História

[editar] Fundação

Henrique Poppe foi um dos fundadores do clube.

Os irmãos cariocas José, Henrique Poppe Leão e Luiz Madeira Poppe, foram os responsáveis pela criação do Sport Club Internacional.[9]

A maior dificuldade encontrada pelos Poppe, quando se transferiram de São Paulo para Porto Alegre, em 1901, foi a de não encontrarem um clube democrático para a prática do futebol. Na época existiam apenas clubes fechados na cidade (o Grêmio e o Fussball Porto Alegre), privados para aqueles que tinham ascendência germânica. Em 1909 os Poppe convocaram um grupo de estudantes e comerciários de Porto Alegre para uma reunião, marcada para o dia 4 de abril de 1909, no endereço de número 141 na avenida Redenção (hoje avenida João Pessoa, 1025), com o objetivo de fundar um novo clube de futebol. Começou assim a história do Sport Club Internacional.

Mais de quarenta pessoas votaram também para a escolha do nome do clube, definido em homenagem ao Sport Club Internacional (São Paulo), então campeão paulista. Como na época os clubes eram costumeiramente identificados com colônias de imigrantes de determinada etnia ou nacionalidade (como o Palestra Itália paulista, em relação aos italianos; o Vasco da Gama, em relação ao imigrantes portugueses etc.), o nome "Internacional" tinha por escopo identificar um clube em que "todos" poderiam jogar, independentemente de origem, raça ou status social.[carece de fontes?]

[editar] Anos 1910/20 - Primeiros títulos

Inter Campeão do Citadino de 1922.

O Internacional realizou seus primeiros treinamentos já no primeiro mês de fundação, em abril de 1909, num terreno da Rua Arlindo, na Ilhota. Mas o time nem chegou a jogar ali, ficando no local apenas um ano. As inundações freqüentes fizeram com que fosse logo abandonado o campo da Ilhota. Atualmente neste local fica a Praça Sport Club Internacional no bairro Azenha.

Para marcar definitivamente a rivalidade entre os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, os dirigentes do clube convidaram o Grêmio (já com seis anos de experiência) para disputar o primeiro clássico Grenal da história. No dia 18 de julho do mesmo ano, o Internacional realizou sua primeira partida, no estádio do Grêmio (Baixada), situado no Bairro Moinhos de Vento. O resultado não poderia ser pior para o Inter, perdeu por 10-0 para o Grêmio.

No dia 7 de setembro de 1909, com cinco meses de vida, o Internacional obteve seu primeiro empate contra uma equipe considerada de primeira linha na época: 0-0 contra o Militar Football Club, que no ano seguinte seria o campeão citadino. Mas a primeira vitória viria ainda neste ano, no dia 12 de outubro contra o mesmo Militar, por 2 a 1. Esta foi a primeira de muitas vitórias do clube.

Em 1913, o Internacional conquistou seu primeiro título, e de forma invicta: o do Campeonato Metropolitano de Porto Alegre. Esse feito seria repetido no ano seguinte, em 1914. Apesar dos progressos, o incômodo dos Grenais permanecia e perturbou a vida de colorados até 1915, quando finalmente venceu o Grêmio por 4 a 1. O dirigente Antenor Lemos gritava de felicidade: "Está quebrado o lacre, esta quebrado o lacre", repetia sem parar, emocionado. Em julho de 1916, o Inter aplicou mais uma goleada no rival: 6 a 1, já na Chácara dos Eucaliptos. O ponta-esquerda Francisco Vares o grande herói colorado na partida, fazendo todos os seis gols do Inter.

Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos vencidos sucessivamente em 1913 a 1916 de forma invicta, e 1917, só foram interrompidos em 1918, por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio - e o Internacional ficou praticamente sem time.

A partir da década de 1920, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros (a famosa Liga da Canela Preta, por exemplo), de funcionários públicos, de funcionários do comércio e de estivadores. Em 1925, um jogador negro veste pela primeira vez a camisa colorada. Chamava-se Dirceu Alves e atuava na defesa.[10]

O reconhecimento estadual aconteceu em 7 de setembro de 1927, quando o Inter sagrou-se Campeão Gaúcho pela primeira vez, ao vencer o Bagé no estádio da Baixada (antigo estádio do Grêmio) por 3 a 1, em dois tempos de quarenta minutos. Nessa época, o Campeonato Gaúcho era decidido entre o campeão da capital e o campeão do interior.

[editar] Anos 1930 - Período de afirmação

Após a criação do Estádio dos Eucaliptos, em 1931, graças ao presidente do clube, Ildo Meneghetti, o clube faria a sua primeira viagem fora do Rio Grande do Sul, e também a primeira fora do Brasil. A ocasião deve-se ao amistoso realizado contra o uruguaio Oriental, no dia 25 de maio em Rivera, no Uruguai. O Internacional venceu a partida amistosa por 4 a 2.

Começa a grande mudança social do clube. Com o segundo título estadual em 1934, os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres, e negros. Também foi nesta época que se construía a eterna rivalidade do futebol gaúcho.

[editar] Anos 1940/50 - Rolo compressor

O Rolo compressor era um time de craques extremamente ofensivo formado pelo dirigente Hoche de Almeida Barros (o Rocha), quando assumiu a presidência do clube em 1940. No Rolo, se consolidavam aos poucos as peças de um time de futebol que seria invencível. Houve uns quatro ou cinco rolos, mas o primeiro tem um nome que deflagrou todo o resto: Carlitos, o maior goleador da história do futebol gaúcho, marcando 485 gols.

Quem criou a expressão "Rolo" foi Vicente Rao, o Rei Momo de Porto Alegre, cujo reinado foi de 22 anos (de 1950 a 1972). Jogador do Internacional na década de 1920 (inclusive fazendo parte do grupo de jogadores que conquistou o primeiro Campeonato Gaúcho do Inter, em 1927), acabou sendo inscrito na história do clube como o seu insuperável animador de torcida. Gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolinhas de futebol do Internacional.

Aliás, Vicente Rao era um caso de "coloradismo" patológico e fatal: nasceu justamente em 4 de abril, data de aniversário de seu clube do coração. Se divertia em dizer que não havia nascido: foi inaugurado. Rao fazia desenhos dos jogadores do Inter e do time todo, em forma de um rolo compressor, amassando todos os adversários. Depois, levava suas charges pessoalmente aos jornais.

É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, uma barulhada de sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também, surge nesta mesma década prodigiosa a primeira torcida organizada do Internacional e do Estado, denominada "Camisa 12".

Na década de 1940, a grande equipe do Internacional teve um retrospecto avassalador contra o rival: em 28 Grenais venceu dezenove, empatou cinco e perdeu apenas quatro. Nesta mesma época, conquistou o hexacampeonato estadual (de 1940 a 1945), sendo que em 1942, 1943 e 1945 foi invicto.

O GreNal dos 11x0. De acordo com o livro "A História dos Grenais", o início da era do "Rolo Compressor" começou a ser marcado num grenal amistoso, válido pela "Taça Martel", disputado no dia 1 de novembro de 1938. Seria a despedida do craque gremista Luiz Carvalho, e o jornal Correio do Povo daquele dia anunciava o "choque sensacional entre a técnica tricolor e o tradicional sangue colorado".

Em campo, os "diabos rubros" ganharam do rival por 11 a 0, o clássico no qual teria sido a maior goleada da história dos GreNais, porém por decisão do árbitro o jogo terminou 6x0 "o árbitro Álvaro da Silveira anulou cinco gols, alegando que dois haviam sido feitos com a mão e nos outros três os atacantes estavam impedidos." Ainda de acordo com o livro de David Coimbra, ao final do jogo houve um diálogo entre "o indignado presidente do Inter Ildo Meneghetti" e o árbitro, nos seguintes termos: "Por que anulaste tantos gols?" "Era muito gol para um grenal" [11].

Em 18 de novembro de 1945, o Internacional ganhou o inédito título de hexacampeão gaúcho, na Timbaúva, estádio do Força e Luz, jogando contra o Pelotas. A partir daí é que o apelido de Rolo Compressor dado por Vicente Rao ganhou fama. Os grandes clubes do eixo Rio-SP apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores recusavam-se a sair de Porto Alegre. Era mesmo uma grande família, unidos para sempre e adorados pelos torcedores e imprensa, jamais sendo esquecidos.

O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década, e teve um sucessor, o "Rolinho" comandado pelo inesquecível Teté nos anos 1950.

[editar] Anos 1960 - Âmbito nacional

O ano de 1967 marca a definitiva entrada do Internacional no cenário do futebol brasileiro. Até ali, a presença de clubes de fora do eixo RJ-SP se resumia a esporádicas presenças na Taça Brasil, um torneio rápido e em fases eliminatórias, instituído em 1959,e que durou até 1968; o Internacional participou da edição de 1962, obtendo um honroso 3º lugar, ficando atrás apenas de Santos e Botafogo. Finalmente, o Torneio Rio-São Paulo foi estendido a dois clubes do Rio Grande do Sul, dois de Minas Gerais e um do Paraná, criando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (ou "Robertão"). O Inter foi logo se destacando, terminando seu primeiro campeonato nacional como vice-campeão do país.

A histórica vitória de 1-0 sobre o Corinthians, gol de Lambari em pleno Estádio Pacaembu, aconteceu no dia 28 de maio de 1967. O Corinthians estava invicto há quinze partidas e parecia imbatível. Essa foi a primeira vitória de um clube gaúcho frente a um clube paulista em São Paulo.[12] Na temporada seguinte, em 1968, o Colorado repetiu o segundo lugar no "Robertão".

[editar] Anos 1970 - Pioneirismo nacional

Dom Eliás Figueroa, um dos maiores ídolos do Internacional.

Após a criação da Gigante da Beira-Rio em 1969, surgiu um dos maiores times da história do futebol brasileiro: o Internacional de Falcão, Figueroa, entre outros na década de 1970

Em 1974, um feito histórico. O Internacional conquistava o Campeonato Gaúcho com uma campanha impressionante: 18 vitórias em 18 partidas. O Colorado disputou todo o campeonato sem conhecer outro resultado que não fosse vitória.

No ano seguinte, o Internacional seria o primeiro clube gaúcho a conquistar o Brasil. Após terminar sempre entre os cinco primeiros colocados nos anos anteriores, desde que o Campeonato Brasileiro fora criado, o Inter finalmente era campeão. O primeiro título foi obtido em uma partida emocionante, na vitória por 1-0 sobre o Cruzeiro, no Estádio Beira-Rio. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro chileno Figueroa. Este gol tornou-se conhecido como "gol iluminado", pelo fato de ter surgido um facho de luz do sol exatamente onde Figueroa subiu para cabecear a bola para o fundo da rede adversária.

Em 1976, o Internacional conseguia outra façanha inédita nos pampas. O Colorado conquistava o Octacampeonato Gaúcho (69 a 76), a maior série de títulos consecutivos de campeonatos estaduais no Rio Grande do Sul (e uma das maiores do Brasil), quebrando o recorde do rival, o qual havia alcançado a marca de sete títulos consecutivos em 1968. Em nível nacional, o Inter conquistou mais um título nacional, ao bater o Corinthians por 2-0 no Beira-Rio. Os gols foram marcados por Dario (que terminaria como artilheiro da competição, com 16 gols marcados) e Valdomiro.

Nenhum dos feitos colorados de até então se igualaria ao que estava por vir. No ano de 1979, o Internacional sagrou-se Campeão Brasileiro pela terceira vez. Desta vez, porém, de forma invicta (algo que nenhum outro clube do País conseguiu repetir até hoje). Na partida decisiva, no Beira-Rio, vitória colorada sobre o Vasco da Gama por 2 a 1 (gols de Jair e Falcão para o Inter, e Wilsinho descontando para o Vasco), depois de ter vencido o time carioca na primeira partida da final em pleno Maracanã pelo placar de 2-0 (dois gols de Chico Spina).

Em 1980, o Internacional alçaria vôos mais altos. Não bastasse ter sido o primeiro time gaúcho a disputar a Taça Libertadores da América, em 1976, o Inter seria também o primeiro a chegar na final da competição sul-americana. O adversário da decisão era o Nacional de Montevidéu. Após um empate frustrante em zero a zero no Beira-Rio, o Inter perderia o título ao ser derrotado com um magro 1-0 no Uruguai, gol de Waldemar Victorino.

[editar] Anos 1980/90 - Tempos difíceis

Os anos 1980 foi um período de poucos títulos para o Internacional. Mesmo assim, forneceu praticamente todo o time (nove dos onze titulares) da Seleção Brasileira que disputou as Olimpíadas de 1984, alcançando uma inédita medalha de prata em Los Angeles. Destaque também para a conquista do Troféu Joan Gamper, em Barcelona, no qual o Internacional eliminou o poderoso Barcelona (que anos mais tarde viria a ser o adversário da maior conquista da história do clube) de Maradona e venceu o inglês Manchester City na final, por 3 a 1. Obteve um Tetracampeonato Gaúcho (de 1981 a 1984). No cenário nacional, o clube conquistou o Torneio Heleno Nunes em 1984 e chegou a duas finais consecutivas do Campeonato Brasileiro (1987 e 1988).

O clube passou por graves crises na década de 1990. O ano de 1992 foi uma exceção: o Colorado conquistava o inédito título da Copa do Brasil. A final dramática no Beira-Rio foi contra o Fluminense. O Inter venceu a partida com um polêmico pênalti ocorrido aos 42 minutos do segundo tempo, convertido pelo zagueiro Célio Silva. Nessa década, o Internacional ainda obteve quatro títulos gaúchos (1991, 1992, 1994 e 1997). Após boa campanha no Campeonato Brasileiro de 1997, no qual terminou na terceira colocação, o Internacional viveria um dos piores momentos de sua história em 1999, quando esteve ameaçado de ser rebaixado para a Segunda Divisão nacional. O Colorado escapou do rebaixamento apenas na última partida do Campeonato Brasileiro daquele ano, com um gol do ídolo Dunga sobre o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari, no Beira-Rio, garantindo a permanência do clube gaúcho entre as principais equipes do futebol brasileiro.

[editar] 2002/2006 - A Tríplice coroa

O Sport Club Internacional, conhecido como "Celeiro de Ases" por ser um dos principais formadores de jogadores no Brasil, resolveu apostar em sua categoria de base para uma nova era de conquistas, no início de Século XXI. O clube revelou grandes jogadores ao futebol brasileiro e mundial nos últimos anos, como Lucio, Fábio Rochemback, Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.

Após uma nova ameaça de rebaixamento em 2002, novamente livrando-se da queda apenas na última partida (desta vez fora de casa, contra o Paysandu, em Belém), o Internacional recuperou a hegemonia do futebol gaúcho, com a conquista de quatro estaduais consecutivos (2002, 2003, 2004 e 2005).

Sob o comando do presidente Fernando Carvalho, o Inter voltou a disputar competiçőes sul-americanas, depois de um longo tempo afastado do cenário internacional. Na Copa Sul-Americana, o Colorado fez boas campanhas. Em 2004, chegou nas semifinais, sendo derrotado pelo Boca Juniors da Argentina e, em 2005, após passar por São Paulo e Rosario Central (o clube argentino ostentava uma invencibilidade de 40 partidas contra equipes estrangeiras em casa, até ser derrotado pelo Internacional em seu estádio), o Inter cairia novamente diante do Boca Juniors. A experiência adquirida na Copa Sul-Americana serviu para que os jogadores, em sua maioria mantidos, pudessem encarar um desafio ainda maior: a Copa Libertadores da América.

A vaga para a principal competição sul-americana seria alcançada em 2005, através do Campeonato Brasileiro; nesta competição foram anulados onze jogos por uma denúncia de manipulação de resultados envolvendo o árbitro Edílson Pereira de Carvalho; o Corinthians disputou novamente duas partidas que havia perdido e ultrapassou em pontos o Internacional.

No ano seguinte, o clube perderia o Campeonato Gaúcho para o maior rival, mas conquistaria um grande título internacional. Treinado por Abel Braga, o time colorado sagrou-se campeão da Copa Libertadores, no dia 16 de agosto de 2006. Mais de 57 mil torcedores [13] lotaram o Beira-Rio para assistirem ao emocionante empate em 2 a 2 contra o São Paulo (campeão mundial em 2005), colocando assim o clube colorado na galeria dos campeőes da Libertadores, tornando-se o segundo time no sul do Brasil a conquistar este título. Os gols do Inter foram marcados por Fernandão e Tinga, enquanto Lenílson e Fabão fizeram os gols do time adversário. O Inter jogou desde os 27 minutos do segundo tempo com um jogador a menos, após a expulsão de Tinga. No primeiro duelo das finais, no Morumbi, o Internacional havia vencido por 2 a 1, numa grande atuação de Rafael Sóbis, que marcou duas vezes.

Com a vaga garantida no Mundial de Clubes da FIFA, o Inter manteve a boa fase no Campeonato Brasileiro. Mesmo tendo utilizado o time reserva em boa parte da competição, o grupo colorado conseguiu terminar na vice-liderança. Mais um feito inédito na história do futebol brasileiro, pois nunca um clube do Brasil que conquistou a Libertadores havia terminado entre os dois primeiros colocados do Campeonato Brasileiro do mesmo ano.[carece de fontes?] O melhor resultado de até então era o quarto lugar obtido pelo São Paulo, no campeonato de 1993.

No dia 17 de dezembro, o Internacional foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA, o maior título do clube, ao novamente enfrentar e vencer, em Yokohama (Japão), o Barcelona. O clube espanhol era considerado favorito por grande parte da imprensa mundial, vinha de uma goleada na partida anterior e ainda contava com Ronaldinho Gaúcho (duas vezes eleito o melhor jogador do mundo) no elenco, enquanto o Internacional teve dificuldades para vencer o egípcio Al-Ahly por 2 a 1, com gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. Porém, o Internacional levou a melhor, vencendo a partida por 1-0. O gol foi marcado por Adriano Gabiru, jogador contestado pela torcida, que saiu da reserva para fazer o gol mais importante da história do Clube. Na chegada à Porto Alegre, o time colorado foi recepcionado por milhares de torcedores, do aeroporto até o trajeto ao Beira-Rio, que se encontrava lotado para recepcionar os campeões.

Em meio a tantas vitórias, o Internacional teve um mau início de temporada em 2007. Porém, para fechar com chave de ouro este ciclo vitorioso, no dia 7 de junho de 2007 o Inter conquistou a Recopa Sul-Americana diante do Pachuca do México, pelo placar final de 5 a 2. No primeiro jogo, no estádio Hidalgo, a equipe não teve uma boa atuação e foi derrotada por 2 a 1. Alexandre Pato abriu o placar, mas Gimenez, com dois gols, virou para o time mexicano. Na segunda partida, apoiado por mais de 51 mil torcedores que lotaram o Beira-Rio, o Inter venceu o adversário pelo placar de 4-0 - a maior goleada da história da competição. Alex, de pênalti, Pinga, Alexandre Pato e Mosquera (contra) marcaram os gols. Depois de erguer as taças da Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA em 2006, o Inter vencia a Recopa e garantia a inédita Tríplice Coroa Internacional.

[editar] 2008 - Campeão de tudo

Inter conquista a Copa Dubai em 2008.

No começo do ano de 2008, o Internacional participou da Copa Dubai, nos Emirados Árabes. Em sua partida de estréia, o clube venceu o Stuttgart, da Alemanha, por 1-0 (gol de Alex) e classificou-se para as finais da competição.[14] Na decisão, o Colorado derrotou a forte equipe italiana da Internazionale de Milão por 2 a 1 (gols de Fernandão e Nilmar) e conquistou o título.[15]

No mesmo ano, o clube foi campeão do Campeonato Gaúcho, após dois anos sem conquistar a competição. Na primeira partida da decisão, o Colorado foi derrotado pelo Juventude por 1-0, em Caxias do Sul. Na partida decisiva, no Beira-Rio, um placar histórico: 8 a 1 para o Internacional, com três gols de Fernandão e os demais assinalados por Danny Morais, Dois de Alex,Índio e até mesmo pelo goleiro Clemer (de pênalti, no final do jogo). A vitória rendeu ao clube o 38° título e consolidou o Internacional como o maior vencedor da história do Campeonato Gaúcho.[16]

No fim do ano, o Inter ainda obteve um título inédito para o futebol nacional: a Copa Sul-Americana de 2008, da qual fora campeão invicto, com cinco vitórias e cinco empates. Foi o quarto título internacional oficial do clube: Libertadores, Mundial, Recopa e agora, Sul-Americana, este último nenhum clube brasileiro havia conquistado. Com isto, o Internacional tornou-se, ao lado do Boca Juniors, da Argentina, um dos dois clubes a possuir todos os títulos oficiais que um clube da América do Sul pode almejar.

Ainda em 2008, o clube lançou uma campanha visando alcança cem mil associados até a data seu centenário do clube, em abril de 2009. Essa marca só seria alcançada em julho de 2009.[17]

[editar] 2009 - Centenário

O Internacional iniciou o ano de seu centenário conquistando o Campeonato Gaúcho de forma invicta, vencendo o turno (Taça Fernando Carvalho) e o returno (Taça Fábio Koff), sem a necessidade de disputar a final. Porém, perdeu três títulos. A Copa do Brasil, em cuja final chegou, mas perdeu para o Corinthians, e a Recopa Sul-Americana, a qual foi derrotado pela LDU de Quito.

Em julho de 2009, o clube aingiu a meta dos cem mil sócios, tornando-se o sexto entre os clubes com maior número de associados no mundo.[18]

Em 5 de agosto de 2009, o Internacional conquistou a Copa Suruga Bank, disputada no Japão. A decisão foi contra o clube japonês Oita Trinita e o colorado venceu por 2 a 1, com gols de Alecsandro e Andrezinho.[19][20]

Em 6 de dezembro de 2009, o Internacional perderia o terceiro título do ano. Encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro como vice-campeão, sendo o Flamengo campeão. Para obter o título brasileiro o Internacional necessitava, na última rodada, vencer sua partida contra o Santo André ocorrida no estádio Beira-Rio e dependia de um resultado paralelo. Torcia para que seu maior rival Grêmio vencesse ou empatasse sua partida contra o Flamengo, ocorrido no estádio Maracanã. O Internacional venceu o embate, mas o Grêmio acabou sendo derrotado. Com estas combinações o Internacional ficou em segundo lugar na classificação final, tornando-se vice-campeão. Com esta colocação obteve classificação direta à Copa Libertadores da América de 2010.

[editar] 2010 - Bicampeonato da Libertadores

O Internacional começou a Libertadores com o técnico uruguaio Jorge Fossati, que mesmo tendo levado o Internacional até às semi-finais da Libertadores gerava desconfiança por parte da torcida colorada, após atuações abaixo da média.

O Inter se aproveitou da parada para a Copa do Mundo e substituiu Fossati por Celso Roth, que inicialmente também não agradou uma boa parte da torcida, porém, mesmo com pouco tempo de trabalho, Roth mostrou resultado nas primeiras partidas do Campeonato Brasileiro que antecediam a semi-final da Libertadores contra o São Paulo, era um jogo sem favorito, pois eram dois dos melhores times do Brasil, porém quem levou a melhor foi o Inter, ganhando o primeiro jogo em casa e garantindo a vaga na final no segundo jogo.

O Internacional passou para a final e enfrentou o Chivas Guadalajara, o Chivas por ser um time da Concacaf, não representaria a Conmebol no Mundial de Clubes 2010 caso derrotasse o Inter, e por consequencia teria conquistado a Libertadores. O que não ocorreu, logo, o Internacional sagrou-se bi-campeão da américa. O Internacional venceu os dois jogos da final, o primeiro fora de casa no Estádio Omnilife, com uma virada triunfante e deixando o clube a um empate da segunda Libertadores de sua história, mesmo precisando de apenas um empate no jogo da volta no Beira-Rio, o Internacional venceu o jogo por 3 a 2 e sagrou-se bi-campeão da américa, fazendo também com que Roth ganhasse seu primeiro título importante após anos de carreira.

[editar] Títulos

[editar] Mundiais

Trofeu mundial fifa01.svg Copa do Mundo de Clubes FIFA: 1

(2006)

[editar] Intercontinentais

RFEF - Copa del Rey.svg Copa Suruga Bank: 1

(2009)

[editar] Continentais

CONMEBOL liberators cup trophy.svg Copa Libertadores da América: 2

(2006 e 2010)

CONMEBOL - Copa Sudamericana.svg Copa Sul-Americana: 1

(2008*)

CONMEBOL recopa trophy.svg Recopa Sul-Americana: 1

(2007)

[editar] Nacionais

Cbf brazilian championship trophy 02.svg Campeonato Brasileiro: 3

(1975, 1976 e 1979*)

CBF - Brazilian Championship.svg Copa do Brasil: 1

(1992)

[editar] Estaduais

Rio Grande do Sul Campeonato Gaúcho: 39

(1927*, 1934*, 1940*, 1941*, 1942*, 1943*, 1944, 1945*, 1947, 1948*, 1950*, 1951, 1952*, 1953, 1955*, 1961, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974*, 1975, 1976, 1978, 1981, 1982, 1983, 1984, 1991, 1992, 1994, 1997, 2002*, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009*)

Brasao Estado RioGrandedoSul Brasil.svg Copa Governador do Estado: 2

(1978 e 1991)

Brasao Estado RioGrandedoSul Brasil.svg Copa FGF: 1

(2009)

Brasao poa.png Campeonato de Porto Alegre: 24

(1913*, 1914, 1915, 1916, 1917, 1920, 1922, 1927, 1934, 1936, 1940, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1947, 1948, 1950, 1951, 1952, 1953, 1955 e 1972)

* Campeão invicto.

[editar] Futebol de Salão

Trofeu mundial fifa01.svg Copa Intercontinental de Futsal: 1

(1997)

Flags of the Union of South American Nations.gif Copa Libertadores de Futsal: 1

(2000)

Brasil Liga Brasileira de Futsal: 1

(1996)

Brasil Taça Brasil de Futsal: 1

(1999)

Rio Grande do Sul Campeonato Gaúcho de Futsal: 8

(1976, 1977, 1978, 1980, 1989, 1990, 1998 e 2000)

Brasao poa.png Campeonato de Porto Alegre: 5

(1995, 1996, 1999, 2002 e 2003)

[editar] Estatísticas

O Internacional apresenta um dos melhores históricos entre os times brasileiros somando quatro títulos nacionais de grande expressão, além de possuir a Tríplice Coroa: Libertadores, Mundial e Recopa, conquistados em 2006 e 2007, respectivamente.

Campeão.
Vice-campeão.
Classificado à Copa Libertadores da América.
Classificado à Copa Sul-Americana.
Rebaixado à Série B
Acesso à Série A

[editar] Brasil Campeonatos Brasileiros

Campeonato Brasileiro
Ano Divisão Pos. Fase Máxima Último Adversário
1971 Série A 2ª Fase Minas Gerais Atlético Mineiro
1972 Série A Semifinal São Paulo Palmeiras
1973 Série A Fase Final Minas Gerais Cruzeiro
1974 Série A Fase Final Rio de Janeiro Vasco
1975 Série A Final Minas Gerais Cruzeiro
1976 Série A Final São Paulo Corinthians
1977 Série A 25º 2ª Fase São Paulo Corinthians
1978 Série A Semifinal São Paulo Palmeiras
1979* Série A Final Rio de Janeiro Vasco
1980 Série A Semifinal Minas Gerais Atlético Mineiro
1981 Série A Quartas-de-final São Paulo São Paulo
1982 Série A 24º 2ª Fase Minas Gerais Atlético Mineiro
1983 Série A 19º 2ª Fase Minas Gerais Atlético Mineiro
1984 Série A 22º 2ª Fase Rio de Janeiro Flamengo
1985 Série A 10º Fase Final Rio de Janeiro Bangu
1986 Série A 17º 2ª Fase Distrito Federal (Brasil) Sobradinho
1987 Série A Final Rio de Janeiro Flamengo
1988 Série A Final Bahia Bahia
1989 Série A 15º 2ª Fase Rio de Janeiro Vasco
1990 Série A 16º 1ª Fase São Paulo Corinthians
1991 Série A 1ª Fase São Paulo São Paulo
1992 Série A 10º 1ª Fase Rio de Janeiro Flamengo
1993 Série A 17º 2ª Fase Minas Gerais Cruzeiro
1994 Série A 12º 2ª Fase Rio de Janeiro Botafogo
1995 Série A 2ª Fase Rio Grande do Sul Juventude
1996 Série A 1ª Fase São Paulo Bragantino
1997 Série A Fase Final São Paulo Palmeiras
1998 Série A 12º 1ª Fase Paraná Coritiba
1999 Série A 16º 1ª Fase São Paulo Palmeiras
2000 Série A Quartas-de-final Minas Gerais Cruzeiro
2001 Série A 1ª Fase Minas Gerais Cruzeiro
2002 Série A 21º 1ª Fase Pará Paysandu
2003 Série A Turno e Returno São Paulo São Caetano
2004 Série A Turno e Returno Paraná Paraná
2005 Série A Turno e Returno Paraná Coritiba
2006 Série A Turno e Returno Goiás Goiás
2007 Série A 11º Turno e Returno Goiás Goiás
2008 Série A Turno e Returno Santa Catarina Figueirense
2009 Série A Turno e Returno São Paulo Santo André
2010 Série A
Turno e Returno São Paulo Prudente


[editar] Brasil Copas do Brasil

Copa do Brasil
Ano Pos. Fase Máxima Último Adversário
1989 14º Oitavas-de-final Goiás Goiás
1990 19º 1ª Fase Santa Catarina Criciúma
1992 Final Rio de Janeiro Fluminense
1993 11º Oitavas-de-final Paraná Londrina
1994 Quartas-de-final Ceará Ceará
1995 10º Oitavas-de-final Paraná Paraná
1996 Quartas-de-final Rio de Janeiro Flamengo
1997 Quartas-de-final Rio de Janeiro Flamengo
1998 19º 1ª Fase Minas Gerais América Mineiro
1999 Semifinal Rio Grande do Sul Juventude
2000 23º 2ª Fase Rio de Janeiro Botafogo
2001 25º 2ª Fase Ceará Fortaleza
2002 11º Oitavas-de-final Minas Gerais Atlético Mineiro
2003 19º 2ª Fase Pará Remo
2004 12º Oitavas-de-final Bahia Vitória
2005 Oitavas-de-final São Paulo Paulista
2008 Quartas-de-final Pernambuco Sport
2009 Final São Paulo Corinthians


[editar] Torneios Internacionais

Torneios Sul-Americanos
Ano Torneio Pos. Fase Máxima Último Adversário
1976 Libertadores 1ª Fase Paraguai Olimpia
1977 Libertadores Semifinal Venezuela Portuguesa FC
1980 Libertadores Final Uruguai Nacional
1989 Libertadores Semifinal Paraguai Olimpia
1993 Libertadores 20º 1ª Fase Colômbia Atlético Nacional
2003 Sul-Americana 16º 1ª Fase Brasil Flamengo
2004 Sul-Americana Semifinal Argentina Boca Juniors
2005 Sul-Americana Quartas-de-final Argentina Boca Juniors
2006 Libertadores Final Brasil São Paulo
2006 Mundial Final Espanha Barcelona
2007 Libertadores 18º 1ª Fase Uruguai Nacional
2008* Sul-Americana Final Argentina Estudiantes
2009 Sul-Americana 16º Oitavas-de-final Chile Universidad do Chile
2010 Libertadores Final México Chivas Guadalajara
2010 Mundial


2011 Libertadores



[editar] Partidas históricas

[editar] Partidas internacionais

[editar] Estádios

[editar] Estádio dos Eucaliptos

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No ano de 1928, o Asilo da Providência (dono da Chácara dos Eucaliptos) resolveu vender o terreno, dando preferência ao Internacional, embora o preço fosse alto. Mas o Inter não se interessou pelo terreno e, sem sede, esteve próximo de fechar as portas.

Até que o engenheiro Ildo Meneghetti iniciou uma campanha de arrecadação de dinheiro para comprar um terreno no bairro Menino Deus. Depois de vinte anos utilizando campos alheios, o colorado finalmente adquiria uma propriedade. O Estádio dos Eucaliptos, com suas arquibancadas de madeira que abrigavam aproximadamente 10 mil pessoas, já era uma realidade.

No dia 15 de março de 1931, o Internacional inaugurava o "majestoso" Estádio dos Eucaliptos. Nada melhor do que convidar o Grêmio para a primeira partida no novo campo. No Grenal de inauguração, o Colorado venceu por 3 a 0, com todos os gols marcados por Javel. Em reconhecimento ao seu grande esforço, o Internacional homenagearia o presidente Ildo Meneghetti, anos mais tarde, com o título de patrono colorado. A partir de 14 de fevereiro de 1944, o Estádio dos Eucaliptos recebeu oficialmente o nome de Estádio Ildo Meneghtti. O Estádio dos Eucaliptos seria a casa colorada até o aparecimento do Beira-Rio, em 1969. No dia 26 de março de 1969, o Internacional realizava a sua última partida no Estádio dos Eucaliptos. No amistoso de despedida, o Colorado goleou o Rio Grande por 4 a 1, gols de Sérgio, Valdomiro, Gilson Porto e Marciano (descontando Motine para o Rio Grande). Nesta partida, o ex-craque Tesourinha, então com quarenta e sete anos, voltou a jogar por alguns minutos com a camisa do Inter.

[editar] Estádio Beira-Rio

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A construção do Gigante da Beira-Rio, projeto do ilustre vereador colorado Ephraim Pinheiro Cabral, iniciou-se no dia 12 de setembro de 1956, quando foi doado o terreno onde seria construído o estádio. Na verdade, o terreno consistia de uma pequena porção das águas do Guaíba, pois o aterro só teve início em 1958. As primeiras estacas foram colocadas somente no ano de 1959.

Em 1965, as obras chegaram a parar e só continuaram com a ajuda do Banco da Província do Rio Grande do Sul. Em princípio, as obras foram lideradas pelo português José Pinheiro Borda, torcedor fanático do Internacional. Pinheiro Borda faleceu em 25 de abril de 1965 e não pode ver o seu sonho se concretizar.

Era uma época difícil para todos os colorados. O Inter perdeu muitas partidas nesse período, pois todo o dinheiro arrecadado era destinado à construção do estádio, sobrando muito pouco para investir nos jogadores. Entretanto, a torcida colorada colaborou com doações de material de construção para o término do estádio.

Após anos de espera, o Estádio Gigante da Beira-Rio (oficialmente Estádio José Pinheiro Borda, em homenagem ao imigrante português que ajudou a construí-lo) era finalmente inaugurado no dia 6 de abril de 1969. Exatamente 60 anos e dois dias após a fundação do clube.

Na partida inaugural do Estádio Beira-Rio, o Internacional enfrentava o poderoso time do Benfica, campeão português e europeu. O Inter bateu o time português por 2 a 1, sendo que o primeiro gol da história do estádio foi marcado por Claudiomiro. Os demais gols da partida foram marcados pelo colorado Gilson Porto, descontando o lendário Eusébio para o Benfica.

Além de ser o maior estádio do Sul do país e o oitavo nacionalmente, também é o terceiro maior estádio particular do Brasil, ficando atrás apenas do Estádio do Morumbi, do São Paulo e o Estádio Arruda, do Santa Cruz.